A acne é uma doença inflamatória crônica da pele que ocorre quando os folículos pilosos são obstruídos por sebo e células mortas, levando ao aumento da colonização bacteriana pelo Cutibacterium acnes. Este processo gera inflamação com formação de pústulas, podendo evoluir com formação de nódulos e cistos. É muito comum na população jovem brasileira, entre 13 e 18 anos, sendo pouco mais prevalente nas mulheres do que nos homens, apesar de eles serem acometidos pelas formas mais fraves da doença.
Existe uma forma da doença conhecida como “Acne da Mulher Adulta”, que acomete mulheres na faixa dos 20 aos 40 anos, com algumas características específicas, tais como lesões mais localizadas na região do 1/3 inferior da face (região equivalente à região da barba nos homens) e surtos de lesões no período pré-menstrual. Se não tratada corretamente, a acne pode evoluir com cicatrizes inestéticas. O tratamento depende da gravidade da doença, que será determinada pela característica das lesões predominantes e áreas acometidas, por exemplo. O ideal é uma terapia combinada com medicamentos tópicos e, se necessário, orais, e procedimentos estéticos como limpeza de pele, peelings e laser.

As cicatrizes de acne podem ser atróficas (com depressões e afundamentos na pele), hipertróficas (aumentadas e avermelhadas, restritas ao local do trauma) ou queloideanas (que extrapolam o local do trauma). O tratamento deve ser individualizado de acordo com o tipo de cicatriz e pode ser realizado com laser fracionado ablativo, microagulhamento fracionado, preenchimento com ácido hialurônico e subcisões (procedimento cirúrgico que rompe as traves fibróticas). A melhor terapêutica sempre envolve a associação de procedimentos, proporcionando excelentes resultados, com elevação das áreas deprimidas e melhora da textura da pele.